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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

GIOVANNA: a número 1

Bem querer

(Com o carinho da vó Cléia)

Promessa
de alegria
sentimento
de euforia
bem querer...

Fecho os olhos
apertadinhos
abro o coração
de mansinho
e deixo entrar você
que chega Giovanna
para o nosso convívio
e bem querer.

29/05/1997

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

RICARDO: o número 1

Bem querer

(Com o carinho da vó Cléia)

De nome Ricardo
você vem
trazer alegria
um bem...

De esperança
é o caminho
coração apertadinho
ansiando
por você
que vem
colorir os nossos dias
compromisso de alegria
bem querer.

16/06/96

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

Rafael nasceu dia 30 de agosto de 2008!!!!

Acenda as luzes do seu coração; o Rafael chegou. Coberto de pele enrugadinha e branca, deixa antever que o tempo que recebeu no pacote que acondiciona o tempo dele, a perder de vista, vai exigir que a mãe invista seu tempo em amamentar e acalentar esse seu nenê que precisou se antecipar para ter mais espaço, dar-se a conhecer e capturar cada momento.
Esse nenê tem olho sagaz.
Parece que a tudo fotografa em sua mente de gente que entende que o tempo é presente que se estende rumo a conquistas que espreitam e esperam quem as persiga e aprisione.
Seja, Rafael, o bravo guerreiro que, destemido, tem fé em si e fé na vida.
Você recebe um repertório de histórias, como herança, de gente que o antecedeu. Tanto da família da sua mãe. Quanto da família do seu pai. E é de responsabilidade, esperança e alegria essa sua herança.
Você chega cheio de bênçãos.
Que sejam augúrios a acompanhá-lo por todo seu caminho, multiplicando-se, à proporção que seus passos concretizem a sua história de vida.
4 de set de 2008

RAFAEL


Rafael

(Com o carinho da vó Cléia)

Coração de avó enfeitado de estrelas.
Vida, cor, emoção,
alegria terna
numa explosão de sensibilidade aconchego e esperança.
Tem jeito mais doce de ter Fé na vida?
É dádiva recebida num momento de amor intenso
promessa de turbilhão de sentimentos
de vulnerabilidade e êxtase.
Este específico ser,
presente de Deus,
emprestou nome de anjo
tem jeito doce e calmo de se estender pelos dias,
pelas horas, minutos,
capturando nosso bem querer.
A suavidade a doçura e o enternecimento
deram-se as mãos
para preparar a chegada, a ficada, a invasão da presença
promessa-de-algodão-doce-envolto-em-seda
dentro de nosso coração.

Dez, de 2008

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

TAÍS

TAÍS

(com o carinho da vovó Cléia)

Você é para mim a número seis
de um universo feliz , sem dissabor:
netos são a concretude do amor,
prêmio da vida no cotidiano das horas maduras.
Saber que vc vem, faz mais gostosa a espera...
Faz bater forte o coração,
de amor e de carinho em bendito anseio
pela presença e o jeitinho
que vão tomar de assalto nosso bem querer.
Escolhido entre tantos, seu nome vai ser Taís,
pois foi da mamãe o preferido.
O mundo que lhe preparamos está que é só alegria!
Do lado de cá da família
você vai se esbaldar na companhia
da Juju, da Clarisse,
da Nanna e do Ric...
E do lado da sua mãe
tem o Kyle, o Eric, o Lucas e a Julia...
É, pelo jeito, vai ter festa todo dia...
Deixei o melhor pro fim
e vou dizer bem baixinho
pertinho do coração:
você tem um irmãozinho!
Ele reina absoluto,
por enquanto...
Tem jeito doce de ser.
Chama-se Rafael,
nome de anjo protetor!
Já sabe falar seu nome!
Já sabe que você vem!
E que, pra somar e serem um só,
vocês dois vão compartilhar
espaços, amores e bem querer.
Então, vem...

16/08/2010

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

CLARISSE


CLARISSE

(Com o carinho da vó Cléia)

Lá vem uma menininha, pequenininha
Trazendo sonhos e alegria.

De amor e de encanto sejam seus dias
- Menininha -
que vem pra receber muitos mimos.

Emprestado do espanhol
Espalha-se luminoso seu nome
- Clarisse: luz do dia –
E provoca sentimento-promessa
de mais sentido e cor e amor às nossas vidas.

Pois para isso fomos feitos
para seguir entrelaçados
abraçadinhos à sua história
enternecidos,
rumo à esperança
de curtir
sua vinda
sua vida
- Esta luz!

14/09/2009

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

Homenagem pra Juju


JULIANA

(Com o carinho da vovó Cléia)

De caminhos ladrilhados,
sem pedras, sem obstáculos,
só de flores, sem espinhos,
sem dor, sem choro, sem medo,
de proteção e carinho,
sejam seus dias,
de meninice.
Venha pra ser feliz
e espalhar alegria.
De braços abertos,
esperamos vê-la inteira
refletindo o sorriso esperançoso
da ternura.
Toda a sua existência, seu percurso,
é você em nós mesmos percorrendo
os lugares onde espalhamos nosso canto;
é você revivendo
caminhos invisíveis que trilhamos
à sua espera.
Receba o abraço do mundo que a acolhe;
achegue-se, agarradinha, ao nosso convívio;
entregue-se ao nosso carinho:
deixe pulsar junto ao seu os nossos corações.

25/09/2009

Com o amor da orgulhosa e apaixonada Vovó Cléia.

domingo de comilança


Hoje, segunda, 30 de agosto, o Rafinha faz 2 aninhos. Tem nome de gente grande: Rafael Vasconcelos Mota Gerin Machado. Sábado foi a festinha dele e, hoje à noite, vamos vê-lo abrir os presentes. O tio Émerson trouxe o presente pra dar na chácara, ontem: um jipe! Na verdade, um jipão! E o Rafa se esbaldou. No carro, na hora de ir embora, o jipão foi no colo. Ontem, a coisa foi de muito papo e comilança. Domingo pós-festa tem bastantes comentários. Todos de gente satisfeita com a festa que foi muito boa e comemorou a figura ilustre do rapazinho. A mamãe dele se superou e fez bonito! E ele aproveitou o pula-pula, mais do que a piscina de bolinhas... Deus o proteja! Que ele continue amado! Que ele seja sempre feliz!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ser avó é tudo!

Tem jeito mais doce de ser?
Essa história de ser avó é prêmio!
Tem gosto de infância sem fim.
Rodízio de bem querer.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Meu papel de revisora

Faço revisão de artigos, monografias, teses e, principalmente, de dissertações. Sou professora aposentada e passei vinte e três anos dando aulas de Português. Por vocação. Depois de fazer o Mestrado em Educação, na Católica, já aposentada, passei a fazer o que chamo de supervisão de produção textual, em linguagem acadêmica. Porque, além das vírgulas, dos pontos, das crases, das concordâncias nominal e verbal, e outras coisinhas assim, também observo e corrijo o texto quanto à concatenação de ideias, quanto à clareza, quanto à linguagem adequada a cada tipo de texto (se se escreve em linguagem científica, não cabe misturar com termos conotativos). Concordo com a professora doutora Clélia Capanema, atualmente atuando no Mestrado e Doutorado da Católica do Distrito Federal, que diz, em suas aulas, que é preciso ter cuidado, pois existe a palavra certa para cada contexto e, quando o termo não é o adequado, ele não se encaixa, fazendo com que o resultado não seja claro. Se me for repassado algum texto a ser acrescentado ao trabalho, também parafraseio.
São muitas as razões que levam alguém a contratar meu serviço: você sabe, mas não tem tempo; o prazo está expirando e você chegou a um impasse e não consegue passar para outra etapa; você tentou, mas não consegue ordenar e analisar os dados coletados; você terminou todo o trabalho, mas quer uma revisão, para sentir-se mais seguro perante a banca examinadora. Você tem muitas ideias, mas fica inseguro perante o/a orientador(a)...
O ideal é procurar o revisor desde o início da pesquisa. O sucesso do seu trabalho vai depender, essencialmente, de ter em mãos os instrumentos de coleta de dados com os questionamentos exatos, no sentido direto, em termos de significado, em relação ao que você definiu como objetivos. É como ir ao mercado comprar os ingredientes para um bolo. Dependendo do que você comprar, seu bolo vai ser do tipo comum. Mas, se quiser que seja mais elaborado, um bolo brigadeiro, por exemplo, você vai acrescentar alguns itens à lista. De todo jeito, ao final, você terá seu bolo. O interessante é que, ao comê-lo, ele convença que é um bolo e que foi feito, adequadamente, para, além de ser reconhecido como um, ainda agradar a quem o saboreia. Portanto, contratando desde o início, tem-se a possibilidade aumentada para arrancar do participante respondente as informações mais adequadas e interessantes. Com isso, os resultados da pesquisa trarão maior consistência às considerações finais. Citando mais um professor doutor do Mestrado e Doutorado da Católica, o Cândido Gomes, a pesquisa deve transcorrer como um rio que corre em ritmo normal; mas as conclusões precisam provocar um espetáculo tal e qual o é a pororoca: impressionante! Sem a coleta adequada de dados, não tem como fazer milagres.

Impasses:

Sempre surgem contratempos. Porque o relacionamento entre o relator da pesquisa e o revisor é um pouco conturbado. Geralmente, o contratante não gosta de ver que mexeram no texto que ele escreveu e estava “perfeito”. Ou por vaidade, ou por se sentir envergonhado, pois não sabia que não estava sendo tão claro quanto pensava. Costuma acontecer assim: o contratante reescreve e torna a incorrer nos mesmos tipos de erro. Isso é o que chamo de desconstrução. Já desisti de trabalho, sem ônus para o contratante, por razões assim. Respondo a todos os questionamentos sobre mudanças que faço e explico-as. Afinal, não sei só para mim: aprendi ensinando, errando e acertando. Não tenho a pretensão de saber tudo, mas sou uma ferramenta eficaz; dou o máximo para ser eficiente e para que o resultado da minha ajuda leve à efetividade da conquista do certificado e aprendizagem. Aprendizagem adquirida com o aprender fazendo! Já aconteceu de ouvir de uma contratante que a sua orientadora reputou como pífios os resultados da monografia dela. Na opinião da contratante, a orientadora referia-se às minhas interpretações, pois ajudei a escrever essas conclusões. Na minha opinião, fiz o bolo comum, porque os ingredientes não permitiram fazer milagre. Faltaram ingredientes? Sim! Então o bolo resultou insosso...
O trabalho final é uma leitura de todo o processo. Se os teóricos lidos e citados forem pífios (isso é a cargo do contratante); se os dados colhidos forem pífios (isso é a cargo do contratante); se a linguagem não for condizente, clara e objetiva (isso é a cargo da contratada), os resultados finais serão pífios. 
Cobro por página, uma pela outra; valor referente ao total, na publicação final. Recebo metade (faço uma previsão), no início; e recebo o restante, após a defesa, antes da revisão preparatória para a publicação.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Versos Prediletos: Poema de Natal

Poema de Natal
Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Música predileta: Tocando em frente

Tocando em Frente
Almir Sater
Composição: Almir Sater e Renato Teixeira

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
Nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso chuva para florir...

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente,
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou.
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, e no outro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
E ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Enquanto...

Enquanto fui apanhar carambolas, em meio a um matagal agressivo, formado por um emaranhado de folhagens e gravetos, enrosquei minhas pernas e quase caí duas vezes. Já em casa, sentada à frente do computador, deparei-me com um ser vivo andando na minha perna. Era um louva-a-deus. O bichinho não era verde como costumam ser os seus iguais. Pressenti-o anteriormente mimetizado, em meio aos galhinhos inúmeros e fininhos que sustentam quantidade esbanjadora de carambolas; por isso tinha um tom marrom de ser!
Com cuidado fechei minha mão em concha em torno do corpinho dele e dirigi-me até a cozinha, para jogá-lo pela janela. A tentativa era para que ele chegasse ao seu ambiente e, quem sabe? talvez pulando, pulando, conseguisse voltar ao convívio dos seus. Qual! Não é que o bichinho escapuliu? Saltou de lado! Procurei-o, não vou negar. Sou das que não desistem! Por onde andaria?
Voltei ao assento anterior, catarticamente apavorada com o momento que o animalzinho estaria vivenciando, com suas descobertas (contei que era pititiquinho?) em contato com o chão frio de cerâmica, e previ o coraçãozinho dele em polvorosa, sem rumo, sem futuro...
Não é que senti o andarzinho dele em mim, de novo?! Danadinho! E eu toda contrita e cheia de pena, pensando nas dificuldades que estaria enfrentando, no chão.
Será que ele se apegou a mim? Quero crer que sim.
Mas, sinto muito, meu bem, tenho meu coração muito atropelado por muitos quereres. Sem espaço!
Repeti, então, a operação da janela e da reconquista da natureza e, desta vez fui feliz! Vai, catito, busca o recomeço e cuidado com esse coração que se deixa seduzir pelas novidades e acredita que conviver é simples...
Engraçado, foi com essa mesma simplicidade que entreguei meus filhos, um a um, de volta pra natureza do homem que é casar e constituir família e seguir em frente... Com destemor e esperança! Tomara que encontrem só caminhos, desviando-se dos descaminhos. Tomara que tenham aprendido que as portas largas são para os fracos...