De afeto capturada, às vezes com sensibilidade exacerbada, sigo dançando o rebolation dos terremotos diários, tentando apagar focos de incêndio no meu habitat. Às vezes, eu mesma a incendiária... Nas horas vagas, cozinheira e, nas não vagas, mãe, avó, faxineira, revisora, poeta, conselheira, escrivã, enamorada... Na vida, em fase de testes... Meu e-mail: cleiagerin@gmail.com
quinta-feira, 29 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Nossa Senhora da Rosa Mística
Canto encantada a magia da Tua luz
e o tom azul do Teu Manto.
Inspiro, inebriada, a doação de bênçãos e Teu perfume.
Viajo o espaço e o Milagre:
Sou Tua criação.
Abrigo-me na existência da beleza-realeza:
És Tu entre as Flores!
Se Tu não existisses, Rosa do amor humano,
Que seria do universo
Que seria do perdão
Que seria de mim?
by Cléia Gerin (2003)
Canto encantada a magia da Tua luz
e o tom azul do Teu Manto.
Inspiro, inebriada, a doação de bênçãos e Teu perfume.
Viajo o espaço e o Milagre:
Sou Tua criação.
Abrigo-me na existência da beleza-realeza:
És Tu entre as Flores!
Se Tu não existisses, Rosa do amor humano,
Que seria do universo
Que seria do perdão
Que seria de mim?
by Cléia Gerin (2003)
Miniconto: Aprendente
Alice rabisca o ar com cuidado, pois as palavras pesadas caem-lhe nos pés descalços.
Ô dor!
Escreve e pula. Eita!
Palavras leves ficam suspensas:
algodão e pena e nuvem e anjo e amor de mãe e alegria e amor-próprio e nominho de santo e...
sabedoria... Epa!
Sabedoria caiu pesado! Acertou bem o dedão desavisado do pé direito.
Estranheza:
tem chumbo na sabedoria?
A lapada na mão veio com vontade e xingamento da mãe:
– menina mais escalafobética, cheia de mania, te arranco o couro, palerma, aprendeu a escrever e fica boquiaberta, braço no ar, riscando nada, falando sozinha... Só falta babar.
Desacorçoada, ela apaga a alegria, o amor próprio e o amor de mãe. Depois vai olhar a rua e os ombros caídos das pessoas que passam, enquanto afaga a saudade do pai que o Pai levou.
Cléia Gerin
Alice rabisca o ar com cuidado, pois as palavras pesadas caem-lhe nos pés descalços.
Ô dor!
Escreve e pula. Eita!
Palavras leves ficam suspensas:
algodão e pena e nuvem e anjo e amor de mãe e alegria e amor-próprio e nominho de santo e...
sabedoria... Epa!
Sabedoria caiu pesado! Acertou bem o dedão desavisado do pé direito.
Estranheza:
tem chumbo na sabedoria?
A lapada na mão veio com vontade e xingamento da mãe:
– menina mais escalafobética, cheia de mania, te arranco o couro, palerma, aprendeu a escrever e fica boquiaberta, braço no ar, riscando nada, falando sozinha... Só falta babar.
Desacorçoada, ela apaga a alegria, o amor próprio e o amor de mãe. Depois vai olhar a rua e os ombros caídos das pessoas que passam, enquanto afaga a saudade do pai que o Pai levou.
Cléia Gerin
quinta-feira, 22 de julho de 2010
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