Páginas

terça-feira, 1 de outubro de 2013

ENQUANTO: UM POEMA



                          Esta poesia 
               foi escrita para ser exposta em evento de incentivo à leitura. 
                                   No Dia Nacional da Árvore. 
                    No Rio de Janeiro. 
                                                   Não fez parte de competição. 
           Todas as enviadas 
                    foram impressas e presas às árvores
                                                              de uma praça da cidade...
      De modo a serem visualizadas e lidas, com facilidade.

Enquanto

"Quando em meu peito rebentar-se a fibra,"
minhas flores caiam ao léu
e que o tempo
esparrame pelo chão
minhas folhas murchas
em desenhados gravetos.
Que minhas raízes de pedra
amarras da ilusão cativa
da minha mente
à flor do chão desvalidas
desfaçam-se
enquanto
"Ao longe, o vento vai falando em mim..."
enquanto
o tronco
de tráfego incessante
da minha seiva e sangue
"... jaz morto e apodrece..."
inerte.
O porvir seja
exuberante júbilo
no etéreo fluir
da minha alma
pois me foi dado
"... rir meu riso e derramar meu pranto..."
na natureza festiva

do meu ser natureza.

- 2013 –

     Os versos entre aspas são de outras poesias. Poesias marcantes. 
     O primeiro é de Lembrança de Morrer, de Álvares de Azevedo. 
     O segundo, d'O Quarto Motivo da Rosa, da Cecília Meireles. 

    O terceiro, de O Menino de Sua Mãe, do Fernando Pessoa.
                   E o último, do Poema de Natal, do Vinícius de Morais.