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sábado, 1 de fevereiro de 2014

MEU POTE DE ÁGUA

Em 1998, em visita à casa da minha prima Idalma Tazinaffo, em Orizona, GO, fiquei de boca aberta quando ela me disse:
- Quer beber água do pote que era da Nona Rosa?
Foi uma emoção incrível voltar a beber a água geladinha daquele pote que tinha ficado esquecido na minha infância. 
Adorei saber que ele ainda estava inteiro, tinha utilidade e era cuidado com o mesmo zelo.
A herdeira do pote é filha do meu saudoso tio Arlindo Tazinaffo, um dos filhos da Nona.
Quando contei pra prima Diomar Móris, filha da saudosa tia Arlinda Tazinaffo (outra filha da Nona) que eu tinha bebido água daquele pote da minha infância, na casa da Idalma, ela ficou com os olhinhos marejados de emoção e disse: "Num fala! Então ainda tem o pote da Nona? Eu gostava de ver..."
E acrescentou: "Então... se você gosta tanto assim de pote, vou dar o que foi da minha mãe pra você. Ele tá jogado num quartinho, lá no quintal..."
E foi assim que me tornei a feliz possuidora do pote que pertenceu à família da minha querida tia Arlinda Tazinaffo.
Na primeira oportunidade, fui a Ipuã buscá-lo.
Ele fica na minha sala.
Claro que não ponho água nele: tenho medo de quebrá-lo!
Ele é lisinho e frio. 
E é meu!
E eu gosto muito da sensação de olhar pra ele. 
A sobrevivência dele já driblou, no mínimo, 85 anos.
 Minha prima Diomar é um arquivo vivo e adoro ouvir as histórias que ela conta sobre nossos antepassados. 
Foi ela quem me contou a história da soda cáustica e o motivo da casa da Nona ser sempre tão limpinha... 
Ela sabe (e já me falou, mas não me lembro) o nome do senhor que fez o pote comprado pelo pai dela.
Por conta dessa informação, meu pai que tem 87 anos fez os cálculos e chegou àquele número.
Na foto, o pote parece um pote comum...

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