Nas ocasiões
festivas que meu padrinho nos visitou, no Distrito Federal, a alegria vinha
junto e perdurava na nossa companhia, mesmo tendo passado semanas depois da
volta dele para nossa Ipuã, no interior de São Paulo.
Divertido, bom
contador de casos, um repertório bom de anedotas – mesmo se repetidas - era uma
companhia muito agradável.
Nosso amor era
recíproco!
Ele falec
eu dia
05 de junho de 2001.
Eu estava
preparada, psicologicamente, para visitá-lo e passar o aniversário dele,
comemorando sua vida, no dia 07.
No entanto, não
foi assim que aconteceu!
(Nesta foto, meu padrinho veste camisa branca. Veio comemorar Bodas de Ouro dos meus pais, Ézio e Jandira, casal à direita)
A anedota dele, mais representativa e lembrada, é a que envolve um doce que foi servido para um visitante, em uma casa simples, de gente hospitaleira:
A anedota dele, mais representativa e lembrada, é a que envolve um doce que foi servido para um visitante, em uma casa simples, de gente hospitaleira:
A conversa já
rendia um tempo e, como era de praxe, em ocasiões assim, era chegada a hora do
cafezinho; sinal de hospitalidade. Mas a visita disse que não tomava café. A
dona da casa, então, providenciou um doce. Buscou a linda compoteira, cheia de
doce de abóbora com coco e a colher de servir e voltou à cozinha para buscar
pratinhos e colheres pequenas, para ela, a visita e o marido. Nesse meio tempo,
o marido saiu e foi ao banheiro e, quando ela chegou com os pratinhos e
talheres, ouviu a reclamação do visitante:
- A senhora pôs
doce demais pra mim! Tá muito gostoso, mas acho que não aguento comer tudo
isso, não...
Ele sempre
recontava a anedota, sem muitas variações e, a cada vez, atentos, ríamos e
achávamos divertida como se ouvíssemos pela primeira vez.
Também porque
dava gosto ver a alegria estampada no rosto dele, evidenciando o tanto que a
história o divertia.
Meu padrinho,
Antônio Gerin, único irmão do meu pai, Ézio Gerin, nasceu, foi criado,
constituiu, criou a família, faleceu e foi sepultado em Ipuã.
Foi casado com a
Lourdes e tiveram cinco filhos. Minha madrinha se foi muito nova, em novembro
de 77.
Ele possuía uma
loja de calçados, na avenida principal da nossa cidadezinha pacata, de gente
ordeira e trabalhadora. Lá onde, hoje, a filha caçula tem uma loja charmosa e
variada de novidades, onde vende artigos de papelaria, de casa, brinquedos,
decoração e para presentes.
Não foi uma
caminhada fácil, a vida desse tio-padrinho. Foi persistente e de garra. Ele era
um homem justo, de fé, muita fé na vida e no tanto que vale a pena ser bom para
o próximo.
Deixou saudade e
ensinamentos.
E inspira muita
gratidão e sentimentos ternos no coração desta afilhada paparicada que sabia,
com certeza, que as bênçãos e orações dele fizeram mais leves os enfrentamentos
dos próprios percalços.
Deus o tem!
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